sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Nem tão perto. Essa é a única e constante conclusão que tenho. Nem tão perto. Por mais que insistentemente eu diga que estou cada vez mais perto, presumo sempre que não devo enfim, basear as minhas expectativas apenas na passagem do tempo, que por forma inevitável me trará cada dia mais perto de meu futuro, futuro esse onde eu vou chegar aonde quero. Mas só o tempo não basta, muito pelo contrario, ao ir apenas o tempo mais distante fico eu de meus sonhos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Comprou mais do que precisava. Dois litros de refrigerante de cola, seis pães e trezentas gramas de mortadela. Comprou mais do que precisava e saiu em direção ao seu lar sem nenhuma pressa. Lentamente percorria os quarteirões com a mente solta e nenhuma importância com relação ao que se passava ao redor. Os outros já não mais interessavam, os outros eram apenas desculpas para que ele pudesse se sentir melhor, pior ou até mesmo aceito. Com mais do que devia, sem pressa e sem motivo algum pra querer mudar qualquer uma daquelas coisas ele foi. Atrás de algo que pudesse tornar aquela noite especial, nem que por míseros segundos. Foi então que apareceu o carro verde no sinal vermelho.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

pra mim não tem problema

Me acerte de novo
Estoure a sua ira bem na minha cara
Despedace o meu sorriso pelo chão e se deslumbre no meu sangue
Eu quero toda a sua capacidade de matar, de ferir e destruir
Eu quero todo o desespero dos teus olhos, toda a sua força, todo ódio

Me acerte de novo
E reze pra me derrubar
Você não sabe o que eu posso fazer quando me sinto em perigo
Você não sabe o quanto é que eu sinto medo
Como minhas pernas tremem e meu coração gela, segundos antes de eu me desligar
Vem a vida o que só nutre a morte.