I
Minutos pesados
Ontem já é passado
Impensado
Nós deveríamos saber
II
Eu sou erro
Eu sou pedra
Pedra frágil
Que se quebra
III
Canto dor
Ódio entrelaçado de amor
Anseio, medo e sorte
Não foi por bem
Não foi por mal
Não foi...
Talvez se fosse, se eu fosse, se você fosse...
Não somos
Seremos?
IV
Eu vejo Roma
Eu ouço Istambul
Mas nem cheguei perto da minha janela
Eu penso nela
O dia foi de chuva, mas me fez sol
O dia foi de nuvens, mas eu enxerguei o azul
O dia foi apressado, mas eu mantive a calma
Eu fiz tudo certo
Exceto meu excesso
Não quero ter que pedir perdão, mas no fundo me sinto na obrigação de fazê-lo
Ainda que saiba que ninguém fez nada sozinho e que alguém sempre levará a culpa nesses casos
As frases aumentam, a rima se perde e o sentido é cada vez menos poético
Ok.
Já estou acostumado, não é a primeira vez que escrevo tudo o que penso sem pensar em tudo o que escrevo
Paro e ouço
Começa uma nova música
O que ela tem a me dizer?
Não sei
Sei o que tenho a dizer a ela
Sei o que tenho a arder em mim
Sei o que tenho a me sufocar
Sei o que sei e não sei se sim
Não gosto do número 4
V
In the Masoluem
Napoleão
Eu vejo em ti
Napoleão
Ambição
Desejo
E medo
Eu vejo a ti a negação do seu apego
A vontade de se fazer completar, mas nunca se deixando entender as partes que nos outros faltam
Seu vazio é tão profundo quanto qualquer outro
Você não é especial
Você não é especial
Você não é nada pra eles
Você não é nada pro resto
Você é só