quinta-feira, 28 de outubro de 2010

No revés da sorte, uma palavra. Quase morte. Torna ainda mais forte o menino silêncio. Pouco se sabe, muito se diz. O que se cala cresce nas entranhas. Se agarra ao úmido de dentro, quente queima, arde em sangue nada nobre. Estremece as pernas, insatisfeito, ânsia, mal estar. É tudo quando, como, onde e com quem? É tudo tão questão de tempo que até se pensa. Filme repetido, novela velha, mentira nova que se acolhe ao acreditar. É tudo medo. Minto! É tudo mediação, mesmo que desmedido cada segundo seja. No fundo é tudo o saber de não haver mais força alguma pra se reerguer se mais uma vez cair ao chão o desalmado coração. No fundo é tudo culpa do peso que já pesa aos passos todos dados nomeados de passado. No fundo é tudo culpa do destino, que escolheu esse caminho prum encontro já traçado.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

depois de hoje

A vida me levou por caminhos estreitos, me cercou de incertezas, mas me recompensou com seus braços. Pode parecer exagero, mas o gosto dos seus beijos é a cura de todos os meus anseios. Nossas verdades divididas entre toda a nossa sinceridade incontida. As palavras que escapam sem pensar, a vontade de não ter que ir, a vontade de chegar até o fim. Parece que tudo é mesmo irreal de tão exato, parece que tudo é mesmo impossível de tão provável. Todos os caminhos percorridos só podiam mesmo nos trazer até aqui. Me desculpe se eu sou um pouco demais complicado, me desculpe se eu sôo um tanto quanto demais empolgado, mas é que só assim eu sei ser. É que só assim eu consigo viver e não me importa o amanhã se no hoje de sempre eu puder ter você. A verdade é que não dá pra discordar com o que diz meu coração.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

texto político altamente parcial



Esse é um texto político e altamente parcial. Ontem eu testemunhei uma dose de anarquismo, irreverência e critica política durante o debate para presidente. Enquanto os três “grandes” candidatos se esquivavam e faziam de tudo pra vender seus peixes o “nanico” Plínio deu uma lição ao povo brasileiro.

Plínio sabe que não vai ser eleito, os eleitores de Plínio sabem que Plínio não vai ser eleito. Mas pra eles isso não faz nenhuma diferença. O verdadeiro intuito de Plínio Sampaio de Arruda foi expor aos telespectadores a fragilidade dos candidatos ao governo do país. Quando Plínio desdenha da máscara de perfeição que veste os demais candidatos, mostrando sua faceta humana e imperfeita cometendo “gafes” e “anarquizando” a chatice de um debate sem enfrentamentos; ele nos mostra o quanto Serra, Dilma e Marina se esforçam em tentar nos convencer de que merecem nosso voto, quando na verdade, essa convicção e confiança teriam que partir de nós mesmos espontaneamente e não através de condutas moldadas por marqueteiros a partir de resultados de pesquisas.

Plínio sabe que não vai ser eleito, ouso dizer que Plínio nem sequer quer ser eleito. O que Plínio quis e ontem conseguiu, foi deixar claro a todos os brasileiros o quanto é fraca a classe política de nosso país e que enquanto a política pensar primeiro nos políticos e não no povo, nós continuaremos a viver nessa terra de desigualdade e corrupção que é o Brasil hoje.

Pena que nem todo mundo consiga entender Plínio de Arruda.