quinta-feira, 24 de novembro de 2011

I

Minutos pesados

Ontem já é passado

Impensado

Nós deveríamos saber

II

Eu sou erro

Eu sou pedra

Pedra frágil

Que se quebra

III

Canto dor

Ódio entrelaçado de amor

Anseio, medo e sorte

Não foi por bem

Não foi por mal

Não foi...

Talvez se fosse, se eu fosse, se você fosse...

Não somos

Seremos?

IV

Eu vejo Roma

Eu ouço Istambul

Mas nem cheguei perto da minha janela

Eu penso nela

O dia foi de chuva, mas me fez sol

O dia foi de nuvens, mas eu enxerguei o azul

O dia foi apressado, mas eu mantive a calma

Eu fiz tudo certo

Exceto meu excesso

Não quero ter que pedir perdão, mas no fundo me sinto na obrigação de fazê-lo

Ainda que saiba que ninguém fez nada sozinho e que alguém sempre levará a culpa nesses casos

As frases aumentam, a rima se perde e o sentido é cada vez menos poético

Ok.

Já estou acostumado, não é a primeira vez que escrevo tudo o que penso sem pensar em tudo o que escrevo

Paro e ouço

Começa uma nova música

O que ela tem a me dizer?

Não sei

Sei o que tenho a dizer a ela

Sei o que tenho a arder em mim

Sei o que tenho a me sufocar

Sei o que sei e não sei se sim

Não gosto do número 4

V

In the Masoluem

Napoleão

Eu vejo em ti

Napoleão

Ambição

Desejo

E medo

Eu vejo a ti a negação do seu apego

A vontade de se fazer completar, mas nunca se deixando entender as partes que nos outros faltam

Seu vazio é tão profundo quanto qualquer outro

Você não é especial

Você não é especial

Você não é nada pra eles

Você não é nada pro resto

Você é só

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