terça-feira, 2 de agosto de 2016

O ímpeto
Da destruição
O impulso de explodir
Ruidosamente raivoso
Um soco na alma
A cara no espelho
E os olhos queimando
Respiro fundo
O êxtase coletivo
A entrega
A porrada, a queda, a satisfação
Somos auto destrutivos
Somos homens sem sentido
E abrimos nossos braços
E nossas almas
E nossos corpos pro atrito
Gritamos desafinados as nossas verdades tortas
Cotovelos, punhos, costelas e lábios
E essa dor que sentimos desde o primeiro dia
E que cura quando entramos nesse torpor violento do amor
Não estamos mais sós
Somos homens com corpos tão horrendos, feios e fracos
Somos feito unha e carne
Somos irredutíveis
E as ruas não tem medo! E por isso nós também não!
Nós! Que estamos atados!
Nós que externamos nossas incertezas violentas e descontroladas
Nós e nossas guerras
Nós e nossas mortes
Nós e nossas indescritíveis formas de amar
Somos homens atrás das bombas que irão implodir os nossos muros
Aos murros, aos tropeços, ás cegas
Somos homens e nos beijamos
Somos homens e nos amamos
Somos homens e nos inventamos
Um no outro
Todos num só
Venceremos
Com absolutamente nada na cabeça
Mas com o peito cheio
E o sangue quente
E com nossas lágrimas regaremos nossas árvores
E delas hão de brotar os frutos que servirão de sustento a nossa força e coragem
Nunca iremos nos render

Eu nunca estarei só
Lupe de Lupe - Homem

Nenhum comentário:

Postar um comentário