quarta-feira, 8 de setembro de 2010

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Tudo o que era belo ficou pra trás. Os dias sem nenhum compromisso se não o de se entreter e se encontrar no meio de coisas tão grandes quanto eu pudesse me achar ser entre meus delírios. Tudo ficou pra depois, pra nunca mais, pra sempre. Onde é que eu estou agora? Quem eu sou entre todos esses mundos? Como eu posso fazer com que as coisas ganhem novos sentidos e intensidades? As perguntas voltam, eu retorno ao ponto em que já estive e por mais que meus olhares não sejam mais os mesmos, ainda assim eu não encontro o meu lugar.

Enquanto eu busco um onde ser pro meu como sou a vida corre. Dinheiro pra compra felicidade, dinheiro pra financiar a liberdade, dinheiro pra sustentar as vidas que vivo e a qual eu dei a oportunidade de ser. Dinheiro pra que eu possa ser reconhecido, pra facilitar as coisas, pra pagar as contas e compra comida. Dinheiro pra que eu possa viver a minha vida. Mas eu não quero viver pra ele ou por ele. Eu não quero deixar de acreditar no que persigo, eu não quero me render e me tornar tão frio e tão escasso que seja impossível reencontrar em mim tudo o que eu sinto hoje.

Minha revolução é lenta. Eu ainda não sei onde estou então pra que definir assim tão apressadamente pra onde vou? Tudo o que ainda pode ser belo á minha frente. Tudo o que um dia eu quero, mas que ainda está longe do meu alcance e por mais que eu insista, eu já quase não vejo caminhos que me levem até isso. Tudo poderia ser bem mais simples eu sei, mas eu optei por isso, irracionalmente eu tracei meu destino a mando do acaso e não quero e nem sequer preciso me lamentar, me martirizar ou me fazer de vitima. E só que ás vezes eu queria que pudessem me entender, que pudessem saber como é estar onde eu estou ou no mínimo aceitar que eu tenha as minhas próprias convicções. Eu preciso me libertar, mas isso não pode custar tudo o que eu prezo em mim.

O tempo corre e eu não saio do lugar. Eu que nunca soube bem o que era o futuro. Eu que nunca dei muita importância pro depois. Eu que simplesmente segui os caminhos que se abriram pra mim, contemplo agora esse muro mais uma vez e percebo que girei sem sair do lugar. O que é realmente importante aquilo que você acredita ou aquilo que esperam de você? No final das contas, no amanhã que vai muito além de ser apenas outro dia, o que é que irá te trazer maior compensação? Eu sei que é a forma como você conseguiu cumprir todos os dois e ainda pode ser e dar felicidade.

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