quinta-feira, 2 de setembro de 2010

velha escola (bigorna)

Asfalto
O aço me mantém além
A fonte diferente me incomoda
Eu tenho métodos
Eu tenho medos
Eu digo o que vem sem nem pensar
Dói pra alguns, inclusive pra mim
Mas é o que eu acredito agora
Agora, talvez não mais amanhã
Eu digo a verdade
Não sou feito de convicções
O mundo é mutável, a natureza é mutável
O caos ainda reina
Ele esta além de nossa compreensão
Nós somos ratos que querem ordenar a vida
Tenha o controle, busque o controle
Se iluda se isso te fizer feliz de verdade
Mesmo que a sua vida seja uma mentira
A escolha é sua
A vida é sua
As pernas também
E o coração, esse talvez alguém lhe tome no caminho
Asfalto
Pedras, árvores, sol e um pouco de mim
Não confie sempre
Confie apenas todas ás vezes
Não se deixe levar
Seja levado mesmo que contra a sua vontade
Permita-se um pouco mais de si
Mesmo que esse si seja em outro(s)
Cale-se e ouça
Mas sempre que achar que deve, que precisar, que desejar, também diga
Não se renda
Não se deixe morrer pelo dinheiro, pelo status, pelo reconhecimento alheio
Você vale mais do que qualquer coisa
Menos apenas do que á aqueles a quem você da todo valor
Ainda assim, valorize quem não tem o que você tem de melhor na sua vida
Ajude
Mesmo que de uma forma que ninguém mais entenda, ou de uma forma que nem mesmo você seja capaz de entender
Asfalto
Asfalto não é algo natural
E você?
Quanto de você é mesmo natural?

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