quinta-feira, 5 de maio de 2016

O silêncio
Me escolhe
Me encolhe
E me engole

Eu não tenho talento
Eu não vejo saída
Eu não invento imensidão

Pisoteado pela memória de doze mil elefantes
Condenado a repetir o destino incerto de uma bola de cristal
No passado o meu futuro era brilhante

Faz dez anos que se passaram dois meses
Faz dois meses que morreram três anos
Faz três anos desde que valeu a pena ter esperado vinte e sete vidas


Todos os dias são noites de domingo

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