O silêncio
Me escolhe
Me encolhe
E me engole
Eu não tenho talento
Eu não vejo saída
Eu não invento imensidão
Pisoteado pela memória de doze mil elefantes
Condenado a repetir o destino incerto de uma bola de cristal
No passado o meu futuro era brilhante
Faz dez anos que se passaram dois meses
Faz dois meses que morreram três anos
Faz três anos desde que valeu a pena ter esperado vinte e
sete vidas
Todos os dias são noites de domingo
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